Mas é só saudade. E eu faço questão de não dar significância à ela, tenho medo dela me engolir. Dessas que quando invadem o peito, faz doer do fio de cabelo até aquele desajeitado dedão do pé. Não deveria mais significar nada, e meu Deus, essa maldita continua a me alimentar. É a falta daquela voz, daquele cheiro, daquele calor. Falta daquela pegada, das mãos fortes, do cabelo robusto. Falta daquilo que só ele tinha. Mas é claro que, como toda mulher orgulhosa, correr atrás torna-se a última opção plausível. Aí você – que está desolada, acabada e derivados – senta no sofá da sala, esperando a dor passar. A falta ser despercepida. A presença ser ocupada. O travesseiro agarrar outro cheiro moribundo. O coração… parar de bater. Você jura, de pés juntos, que ele não faz mais diferença. E só você sabe a verdade – ainda o ama com todas as tuas forças. 
(via: icanbeyourcocaine) 

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